As maravilhas do Mundo e da Vida descortinam-se através de palavras que se multiplicam à procura de fazer sentido...

sexta-feira, 30 de março de 2007

Mulheres e homens: igualdade de direitos ou imitação?


Aqui está um problema que considero estar a afectar a nossa sociedade: A "igualdade de direitos entre homens e mulheres". Não quero com isto dizer que não o defenda; pelo contrário, acho-o necessário e estúpido que assim não seja. O problema está no modo como se está a tentar chegar a esse patamar de igualdade! Primeiro, ainda está longe o dia em que realmente as mulheres e os homens serão realmente tratados do mesmo modo, embora se veja uma pequena diferença nas mentalidades retrógradas que tanto dominaram a nossa cultura. Mas não é neste ponto que me quero centrar, talvez noutro dia. Quero falar do novo fenómeno: "imitação"! É que acho que se está a confundir a "igualdade de direitos" com a "igualdade" total! Se já era mau ver homens sempre a gritar palavrões, a cuspir para o chão e com atitudes tipicamente machistas, ainda pior é ver o mesmo... em mulheres! É que a coisa que torna as mulheres especiais é mesmo a sua feminilidade! É o não cuspirem na sopa porque não gostam dela, é o não gritarem no meio da rua: "Que gajo bom, comia-te todinho!" mas sim aquela troca de olhares tímidos que tanta magia trazem, é o agirem como se fossem nossas "mães" que nós por muito que nos queixemos, vamos confessar, até gostamos; é o romantismo exacerbado, é as complicações que só elas sabem inventar, enfim, é o que sempre as definiu! Sempre encontrei descanso nas minhas amigAs, é que com os homens temos que estar o tempo todo a dizer que somos fixes, que fizemos isto, aquilo, que vamos subir os Himalaias sem comida, água e de boxers num dia; esse tipo de coisas. Com as mulheres podíamos realmente falar... daquelas coisas que envolvem o pensamento, sentimentos, mostrar aquela parte "sensível" que todos os homens têm. Hoje em dia as mulheres agem como homens; são predadoras na noite, querem mostrar que podem fazer tudo o que os homens fazem! Será que não se lembram que tantas mulheres lutaram para que os homens mudassem? Eram lágrimas, ranho e suor! Agora, talvez porque desistiram de lutar contra o "macho latino" típico, tornaram-se igualmente superficiais, desinteressantes! Ainda hoje me dói quando ouço uma mulher dizer 5 palavrões em 6 palavras, ou quando em vez de cumprimentarem com um beijo mandam aquelas palmadas nas costas mesmo para doer, típicas da demonstração animal da força do homem! E as conversas...ainda me lembro...

Antonieta- Viste o Esdrúbal, ele é tão simpático! Dá mesmo para conversar com ele! Faz-me sentir tão bem!

Vanessa- E o Marculino? Hoje deu-me a mão...até voei! Passamos horas a conversar de mão dada a ver as estrelas, foi mágico!

Hoje em dia:

Antonieta- Viste o homem? É uma **** duma bomba! Cada vez me apetece mais ******* todo! Mas o Marculino, *****!O que dizem sobre o tamanho da **** dele é verdade!

Vanessa- **** ** *****! Nem fales nessa *****! ***** ontem e o homem é um cavalo! Passamos a noite toda a pinchar , os ***** dos vizinhos até devem ter ficado surdos!

Antomieta- Vai-te *****, não!

Vanessa- ******! Que me caia uma mama!

É este o romantismo que se encontra hoje em dia! Acho que as minhas próximas gerações (homens) vão estar com lágrimas e ranho a suplicar que elas lhes liguem, que não passem o tempo todo a falar de futebol, que deixem as bebedeiras todos os fins-de-semana, que larguem a playstation um bocadinho, que podiam trazer uma flor ou dizer qualquer coisa bonita de vez em quando... aquilo que me faria partir a rir na minha infância de tão irreal que parecia!
Graças a Zeus ainda tenho as minhas amigas de infância que se mantiveram "mulheres" e a minha namorada, um achado hoje em dia! Mas mesmo assim não consigo fechar aos olhos ao que se está a passar!
Por favor mulheres, sejam... MULHERES! Para porcos, estúpidos e superficiais ainda existem muitos homens a cumprir muito bem esse papel!
Igualdade de direitos, sim! Imitação, NÃO!!!!!!
Abraço do Olimpo.

domingo, 25 de março de 2007

Bestseller...



Estou a preparar um bestseller para sair daqui a uns anos, quando eu tiver coragem de acabar o livro. Já perdi a conta às vezes que comecei a escrever, parei, recomecei a escrever... mas enquanto ele não sai e me faz uma pessoa rica fica aqui um bocadinho do primeiro capítulo (vou no 15º) :

Capítulo 1

Acordei, pela janela ouvia o mundo a chamar por mim, numa voz pesada e amarga que me tirava a coragem de sair da cama. Mas, sem outra opção, lá me levantei.

Abri uma sempre fechada janela na esperança de que pelo menos o tempo contrastasse com o meu estado de espírito, mais um engano para o mar de mentiras que invento para sobreviver a mim próprio. Não se via o sol, o nevoeiro denso tentava esconder um mundo que lentamente me consumia até me fazer sair de mim; de vez em quando ouvia-se um pássaro que ainda resistia à melancolia do mundo, a tentar alegrar essa monotonia que nos abrange com o seu canto encantado. Sorria, não encantado pela beleza desse canto que quebrava o meu melhor amigo: o silêncio; mas pela inocência que um dia com crueldade o mundo lhe iria tirar.

No meio de um mar de pensamentos dos quais não me conseguia desligar, tomei o peso do mundo nos meus ombros e lá continuei o meu caminho.

Abri a porta do quarto, não se via ninguém. Talvez deva tentar fazer como eles; acordar cedo e fugir de casa na esperança de que os problemas fiquem por cá. Enfiar-me num café, rodeado de pessoas que não conheço e atormentado por outras que conheço, na triste esperança de que palavras fúteis que saem das suas bocas façam desaparecer esse zumbido amargo que persegue os meus ouvidos. Mas não! Prefiro sofrer na realidade (se é que ela existe) do que me esconder no meu imaginário. Isto é o que penso, pois basta distrair-me dois segundos que procuro um sítio completamente diferente, com pessoas completamente diferentes, com tudo completamente diferente!

Dirijo-me à cozinha, procuro algo que comer. A comida é das poucas coisas que me alivia. Sinto um enorme prazer nessa coisa tão banal e ao mesmo tempo indispensável (quase como tudo no mundo) que é comer!

Olho o relógio, vejo nele o tempo, vejo nele o nada. Por vezes fico pasmado como a nossa vida pode reduzir-se a uma “maquineta” que usamos no pulso! Penso como é que vou ocupar esse espaço que os ponteiros determinam, não encontro nada que fazer e limito-me a pensar, pensar... em tudo e em nada mas sempre a pensar. Está decidido, vou deixar de andar com relógio no pulso! Afinal quem manda... eu ou o relógio?

Vou à casa de banho para me preparar. Passo eu horas fúteis em frente ao espelho a tentar parecer o melhor possível para o mundo! Chega a ser sufocante esta necessidade de aparentar beleza... se calhar o que pretendo não é ficar mais bonito, talvez seja tornar-me outro, diferente, maior, com respostas...

Já perdido nos meus pensamentos, dirijo-me à porta que me traz mundo e atrevo-me a desvendar os segredos que se escondem por trás dela.

Caminho pelo passeio, atrás de mim caminha uma multidão de emoções, ideias, previsões, desilusões... enfim, a vida! Vou-me cruzando com pessoas, vejo nas suas faces inquietações, problemas, desejos e frustrações por não os atingir, vejo nelas o que provavelmente elas vêm em mim. Por vezes, muito raramente, vejo pessoas felizes andando despreocupadas que quase fazem desaparecer este olhar pessimista que sinto agora vir do mundo, apetece-me beijá-las e perguntar qual o seu segredo.

A minha vida é assim, uns momentos acontece algo que me moraliza e o mundo parece maravilhoso mas outros, mais frequentemente, o mundo apresenta-se como um inferno que eu próprio construo. Sim, não é o mundo que é mau! Sou eu que na minha intelectualização estúpida resolvo complicar tudo! Às vezes fico estupefacto com o que faço a mim próprio... está tudo bem, então eu começo a imaginar situações em que tudo corre mal, vivo-as, choro-as, reinvento-as e depois na realidade (mais uma vez, se tal coisa existir) acabo por agir como se isso tivesse mesmo acontecido! As mulheres fazem tempestades em copos de água... eu nem preciso do copo de água, sou uma versão melhorada e avançada dessa coisa irritante que é ser... estúpido!

Nada como acabar na parte em que me chamo "estúpido"! Sei que vai ser essa a última coisa que vai ficar na vossa cabeça mas tenho pena de vocês e vou acabar por aqui a amostra do meu futuro romance.

Espero que deixem os vossos comentários, só preciso que me digam se adormeceram antes de chegar ao fim ou se aguentaram tudo... é que se nem metade do primeiro capítulo aguentam quanto mais o livro inteiro...
Coragem!

Um pedaço do passado para adoçar o futuro



Estava eu a ler os meus poemas de infância e encontrei este... numa altura em que cada vez se acredita menos no sonho, em que nos movemos mecanicamente e não abraçamos cada momento como uma conquista dum pedacinho de magia, achei que podia dar alento com a inocência de palavras tão sentidas na altura e que, confesso, ainda têm a sua voz dentro de mim. Serei eternamente sonhador, eternamente um deambulador entre o real e o imaginário e eternamente feliz..por isso! Aqui vai:

O Sonho

Mero querer ou imaginar,

Desejo ou pensamento escondido;

O ódio, a loucura, o amar

Que está dentro de nós perdido;


O despercebido passar do vento

Quando abrigado dele estamos

Mas que se torna forte e violento

Quando desprotegidos o enfrentamos...



A chama de um desejo aceso

Que transforma a noite em loucura;

A jaula que me deixa preso

Ao insistir dessa voz que murmura...


Talvez seja um mundo intermédio

Que nos confunde e nos faz perder,

Compreendê-lo é o remédio

Para a luta intensa por nos perceber;


Seja ele imaginação ou real,

Desprezar submerso ou intenso desejar,

Pureza ou pensamento imoral

É alimento, é luz... é sonhar!



Sintam o sabor de cada palavra e nunca, NUNCA MESMO deixem de sonhar!
Um abraço do Olimpo...

sábado, 17 de março de 2007

Love, love, love


O meu segundo post, mais uma vez a estas horas, mais uma vez depois de uma viagem alucinante entre Rio Tinto e Santo Tirso.
Acabei de chegar do aniversário da minha namorada e pensei: Que melhor altura para falar do "Amor"?
Aqui está mais um tema original... só o mundo todo fala nele! Mas o mais incrível é que no meio de tantas coisas sem sentido e outras só sentidas há sempre muito a dizer, tanto a descobrir numa palavra tão pequenina. Assim sendo, não podia deixar passar um tema tão incontornável como este no meu blog!
Vou partilhar todas as visões que tive até hoje sobre o "Amor":
Na minha infância, amar era o que eu sentia quando me apetecia muito estar com uma rapariga. Isso confundia-me, como era possível que amar fosse isso? Eu amava uma rapariga num segundo, no outro estava a amar outra! Era tão simples! E não me chateava nada com isso... não era o "gosto mais de ti do que de chocolate", eu a maior parte das vezes até preferia comer chocolate! Dar a mão era lindo, mágico... desde que não precisasse dela para comer o chocolate, claro!
Vem a puberdade... oh meu Zeus do Olimpo...aí é que doeu! Já era só uma de cada vez... e quando não funcionava (a maior parte das vezes, não era grande Don Juan) passava um dia sem dormir! Era o fim do Universo, não havia chocolate que me salvasse, nem o ovo Kinder funcionava! E chamava os amigos todos para contar o meu infortúnio, era bonito que assim fosse, passava eu a ser o centro das atenções. Era um modo de me inserir, de ser importante. Mas quando funcionava... aí é que era! Havia beijos e tudo! Não percebia muito bem porque é que tinha que haver língua pelo meio, só atrapalhava! E os beijos na piscina que pareciam tão bons... era só engolir água! Mas depois podia dizer a toda a gente: "O quê? Ainda não deste nenhum beijo com língua? E na piscina? Não sabes o que perdes, eu que já sou grande e vivido é que sei o que é bom!" E era o centro das atenções outra vez! Começava agora também na moda o amor para a família, o amor para os amigos e o amor para as miúdas, era só amor... mas nenhuma complicação.
Finalmente a idade jovem-adulta ... aí os beijos na piscina já não valem nada, chocolate não porque engorda e faz espinhas, se corre mal não queremos ver ninguém à frente... a única coisa boa é que a língua já não atrapalha! Já não usamos a palavra "amor" a torto e a direito, tem que se suar para a utilizar! E os beijos já não chegam... há sempre outras partes do corpo que querem entrar na festa... trazem como companhia os medos de ficar mal, a preocupação de ser o melhor, de nunca acabar cedo demais...só confusões! Há uma distinção nítida entre as curtes e as relações sérias. No início desta fase são fixes as curtes, depois é uma obsessão pelas sérias! É a procura incessante pela "alma gémea" e o "amor eterno"! Atingir isto é Nirvana... ou não! Nada é simples! Tens que ser bom... mas não muito bom! Tens que fazer tudo por ela... às vezes, senão não dá "pica" e ela deixa-te! Tens que ouvir tudo... estar atento ao que se diz e ao que não se diz! E mesmo assim às vezes ouve-se: Ouves tudo! Na altura em que disso isso era assim, agora claro que já não é! ou então Eu sei que não disse nada, mas devias perceber o que eu não disse! Que namorado és tu se é preciso dizer tudo! Fácil, não é?! Falta ainda falar do conceito se "sinceridade", que tão fulcral é nas relações. Mas existe a "sinceridade" normal, e a "sinceridade" na visão delas... uma que nunca irá satisfazer ninguém:
- Amor, tou gorda!
- Não tás nada! És linda! Estou mais atraído por ti do que alguma vez estive!-
isto com a maior sinceridade do mundo, acreditas tanto nisso que é impossível que ela não acredite. Ganhaste, não há mais problemas! Pois, era bom...
- Não é nada amor, estou gorda e feia!
-Já te disse que não, não vês como olho para ti!
- Mas eu tou gorda, já nada me serve, tenho que mudar o guarda vestidos, a Justina é que tem sorte, é mesmo magrinha...
- Mas ser assim é feio! És muito mais linda!
- Mas blá blá blá!
- Não é nada blá blá blá...
- Mas...
- Não...
-Mas...
E o que estava resumido nas primeiras pergunta- resposta deu duas horas de conversa, até que desistes e dizes já alterado:
- Pronto, és gorda, tás feliz?
- Chamaste-me gorda? É esse o apoio que tenho de ti!
- Mas blá blá blá...
- Não interessa blá blá blá...
- Mas...
-Não...
E mais duas horas de conversa se passam, até que te calas, amuas, e quando estás a pensar como é que vais resolver isto ela vira-se e diz:
-Amanhã, vamos ao cinema? Tenho que comprar umas coisas antes... Vens cedo? Quero tar muito tempo contigo!
Aí desistes! Não dá para perceber! Aceitas a impotência de perceber esse extraterrestre chamado mulher e avanças... É isto o Amor nesta idade...
A verdade é que falo destes desatinos e incoerências mas sinto-me feliz a vivê-los! O mais importante é que pela experiência percebi o que é "Amor", e isso é o mais importante para ser feliz; perceber que amar é viveres para e através de alguém sem perceber bem porquê, é quereres saber tudo o que ela quer só para lhe veres o sorriso mais uma vez, é vestires sempre a camisola que ela disse que gostava mais, é dares por ti a sorrir porque te lembras da expressão que ela fez, que não fez, que irá fazer, simplesmente uma vontade enorme de sorrir... mais ainda; é quando os teus amigos na tua festa de anos trazem um carregamento de presentes escolhidos só para te ver sorrir, é quando tens aquele grupo que te ajuda quando queres, quando não queres, quando ainda nem sabes que vais querer, é quando tens um amigo em Erasmus que a altas horas da noite te telefona enquanto vai de bicicleta para casa, é quando alguém da tua família faz um sacrifício para te proporcionar aquilo que sempre quiseste viver, é quando te vês a sorrir não por ti, mas pelos que te rodeiam... para mim, amar, é isto; muito resumido, mas fácil de entender afinal!
Fica aqui a minha visão. Espero que partilhem comigo a vossa.
Abraço aqui de cima do Olimpo.

sexta-feira, 16 de março de 2007

A primeira vez...


Aqui está o meu primeiro contributo para enriquecer a Internet, se não for mais para a enriquecer de entulho...
Estou a escrever pela primeira vez, às 2:06 da manhã, depois duma viagem intensa entre Rio Tinto e Santo Tirso. Faço esta viagem regularmente (o coração resolveu afastar-me da minha terra) e sempre que chego a casa estou sem sono nenhum.
Será normal isto acontecer a esta hora da madrugada? Qualquer Português normal responderá que sim! Isto porque as estradas obrigam... passo os km todos colado na estrada a tentar fugir dos buracos, isso desperta qualquer um! Neste momento tenho uma destreza fenomenal na condução só por passar o tempo todo a tentar dar mais uns aninhos de vida ao Corsa. Qualquer grande piloto deve passar por Portugal para treinar... fugir com sucesso a 2 ou 3 buracos por metro é digno de carreira como piloto. Como é que é possível as estradas estarem assim?! Nem é difícil de perceber! Por exemplo aqui a minha terra está sempre com as estradas em obras, há sempre aquele pedacinho de esperança que sofram um upgrade para asfalto, mas nunca acontece! Já descobri porquê... segundo fontes credíveis não mudam o pavimento pois Santo Tirso é das poucas cidades que ainda mantêm o paralelo! Será
assim tão difícil de perceber a razão pela qual cada vez menos as cidades têm paralelo? PORQUE ESTRAGA OS CARROS!! Com esta ideologia acho que devíamos voltar aos caminhos de bois...há que manter a tradição!!
Depois das minhas viagens de automóvel precisava de desabafar... fica o meu primeiro post
marcado com uma crítica às nossas estradas! Ainda por cima não é nada de refrescante, todos os dias se observam este tipo de críticas... pelo menos não tem palavrões, menos mal!
Abraço aos meus futuros leitores aqui do Olimpo;
Zhews