As maravilhas do Mundo e da Vida descortinam-se através de palavras que se multiplicam à procura de fazer sentido...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Férias...


Acabaram as férias, começa o trabalho e as dores de cabeça! É tão bom acordar todos os dias e só ter as preocupações de acordar à hora de almoço, ir à praia, passear com a namorada, ficar moreno... enfim, uma vida difícil! Mas bastou chegar uma semana antes de começar a trabalhar para começar a dormir pior, pensar na rotina doentia que me vai abraçar mais uma vez! Hoje não estou muito inspirado, voltar ao trabalho faz-nos destas coisas; prometo que irei escrever algo mais interessante nos próximos tempos. Por enquanto fica aqui este desabafo para mostrar que ainda existo.

Garande abraço do Olimpo...

Zhews

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Os sinais...


Cada vez me apercebo mais de como é importante perceber os pequenos sinais, aqueles sinais que nos indicam qual o próximo passo a tomar. Não sei porque razão a maior parte das pessoas tenta fugir às evidências, fugir às coisas que mais tarde ou mais cedo vão ter que acontecer! Porquê adiar o inevitável?

Isso acontece muito nos casais... tudo corre mal, não se suportam, a mínima coisa chateia, já não percebem porque razão estão juntos mas ficam assim... a tentar enganar não sei quem até perderem anos da vida em que podiam variar e ser felizes! Nunca caí nessa armadilha... se estou com alguém é porque quero, se não quiser, não estou! A vida é curta demais para desperdiçarmos a tentar fazer algo impossível! Não há NADA que justifique caminharmos para a infelicidade! Nenhuma daquelas desculpas, o medo de estarmos sozinhos, a família que gosta muito dele/dela..., nada! Isto estende-se também às conquistas... se ela não sorri quando está à nossa beira, se não nos liga, se manda mensagens "secas" a dizer apenas "sim" ou "não" ou se nem sequer nos responde às mensagens, acho que é claro, aí não vai dar! Não vai mudar com a nossa persistência, pelo contrário, só tem tendência a piorar! Porquê ignorar os sinais? Só serve para perder tempo, a outra mulher (ou homem) que realmente nos vai fazer feliz está à espera!

Os sinais existem para nos tornar as coisas mais simples.

Se não tiveste um acidente não sabes como por causa dos pneus do teu automóvel estarem carecas, aceita isso como sinal de que deves mudar os pneus caso contrário não te surpreendas se passado uma semana tiveres mesmo um acidente;

se estudas e não consegues tirar positivas nos testes, aceita isso como sinal de que deves mudar o método de estudo caso contrário não te surpreendas se continuas sem tirar positivas;

se a tua namorada recebe sempre mensagens daquele rapaz que sabes que está interessado nela, sorri quando isso acontece e envia-lhe mensagens por iniciativa própria em vez de se afastar, aceita isso como sinal que deves mudar algo no teu namoro caso contrário não te surpreendas quando ela vier dizer que está muito arrependida mas que te traiu;

se és tu que recebes as mensagens e és tu que não te afastas, aceita isso como sinal de que mais tarde ou mais cedo vais trair a tua namorada;

se está previsto chover, olhas pela janela e o céu está carregado de nuvens, aceita isso como sinal de que tens que levar guarda-chuva caso contrário não te queixes quando apanhares grande "molha";

esta vai em tom de brincadeira para o meu melhor amigo, se já há anos que passamos pelo "Olímpico" e o homem nunca vem cá fora dizer que nos oferece uma "francesinha"... aceita isso como sinal de que vamos mesmo ter que pagar se quisermos comer lá "francesinhas"!

Podia ficar o dia todo com estes "ses", o importante é perceber que temos que seguir estes sinais, mesmo que seja mais cómodo continuar a viver na ilusão. Mas pensem bem: é melhor perder uma ilusão na vida ou perder a vida numa ilusão? Não facilitem.

Abraço do Olimpo.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Mudar...


Porque razão é tão difícil mudar? Seja de atitudes, seja de corte de cabelo, seja do caminho para o trabalho... tudo que implique fazer algo diferente tem sempre um atrito incompreensível! Gostava de ter o poder de mudar a resistência à mudança. É por isso que fazemos quase sempre as mesmas coisas toda a nossa vida, é por isso que o país sofre sempre dos mesmos problemas, é por isso que quase tudo perde interesse pouco depois de ser conhecido porque... não muda!

Lembro-me quando vim de Erasmus da Holanda, pensei que tudo ia ser diferente! Pensei que ia aproveitar tudo da vida, pensei que ia viver tudo no limite, acontece sempre isto quando temos uma experiência diferente e refrescante... e durante uns tempos assim tentei que fosse; mas a mudança não era isso, estava equivocado. Mudança não é mudar aquilo que somos, é mudar para aquilo que realmente somos mas que temos preguiça de alcançar! Não é hedonismo, é inteligência! Não é sair só porque toda a gente diz que devemos sair para nos divertirmos, tantas vezes estou muito melhor em casa a ver um filme. Não é experimentar sensações estúpidas e perigosas para sermos diferentes, é dizer que não o fazemos para realmente sermos diferentes! É sermos fortes, é sermos nós próprios e fazermos aquilo que NÓS queremos, não aquilo que os outros acham que nós queremos, aquilo que as ideias pré-concebidas dizem que devemos fazer em determinadas situações e não deixar que o comodismo se apodere de todas as nossas acções.

Aquelas pequenas opções; entre sair ou ficar em casa, entre ouvir o CD de musica clássica ou o CD de música disco... essas são as que vão definir o quanto vivemos a nossa vida, essas são as que mais menosprezamos e deixamos que nos empurrem para o aborrecimento de ser aborrecido só porque queremos estar tristes! Custa assim tanto naquele dia em que estamos em baixo ir ao ginásio, sair com os amigos ou pôr o CD com música alegre em vez de ficar fechados em casa a ouvir música deprimente à espera que os anjos chorem a nossa vida desgraçada e medonha? Custa assim tanto partir do pressuposto que as pessoas não estão aqui para nos fazer infelizes e que tudo o que elas fazem não é uma conspiração para nos destruir? Custa assim tanto não complicar o descomplicado, inventar problemas? O pior é que custa! Temos uma predisposição doentia para a tristeza!

Confesso que já mudei muito, já resisto bastante mais à preguiça, já não cedo a estúpidas chantagens psicológicas, já aprendi a controlar mais a minha vida e a não deixar que ela me controle a mim... mas a alma é fraca e ainda me vejo muitas vezes a fazer aquilo que abominavelmente descrevo aqui.

Fica aqui o meu apelo, não deixem de mudar, deixem de ser mudados e façam tudo para ser felizes! Não é difícil, basta querer, basta tomar as atitudes lógicas e não as atitudes com alicerces na estupidez de ser triste, na estupidez de trabalhar para ser triste, na estupidez de gritar ao mundo que a nossa vida é triste quando só temos razões para ser felizes! Ajudem a que eu não faça o mesmo. Experimentem sorrir mais vezes e em vez de dizer "Está difícil!" dizer "Vou conseguir!"; é meio caminho andado para realmente conseguirmos o que queremos e poupa o sofrimento pela derrota que partimos do pressuposto que vai chegar mas raramente chega.

Abraço dum desaparecido no Olimpo, vou tentar ser mais assíduo no blog, não ceder à preguiça!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

A magia...


A coisa mais difícil de encontrar na vida é MAGIA! Passamos a vida toda à procura de magia mas infelizmente normalmente encontramos apenas ilusionismo... quando nos percebemos que é ilusão.. vem a desilusão! Pois eu ultimamente tenho sentido muito de magia; sim, dessa mesma, da verdadeira! E quem é a feiticeira? Evidentemente não preciso de o dizer! Eu já passei por algumas relações mas isto que se está a passar... é indescritível! Sinto em todo o lado esta magia, nas coisas mais banais! Até no shopping à procura duns óculos de sol eu sinto aquele aperto, aquela ligação que não há palavras que consigam decifrar, aquela alegria não por estar ali, mas por estar ali com parte de mim. Eu sei que muitos de vocês estarão a pensar: "Todos passamos por isso, se calhar até é mesmo o desolador ilusionismo!", mas quando se passam quase três anos e ainda se sente aquele batimento irregular do coração quando se entra no carro a caminho de Rio Tinto, quando ainda pensamos que aquela pessoa que está ali todos os dias, todos os dias se transforma noutra pessoa melhor e que nos fascina mais e sim, o teste final, quando preferimos estar com essa pessoa do que ficar a ver o Benfica... isso só pode ser magia! Nunca imaginei que isto realmente existisse, já li em alguns livros que devia ser assim, mas pensei que era como aquelas posições no Kamasutra que só se formos ginastas é que conseguimos executar! Este post parece uma dessas cartas de amor escritas com o presente e apagadas no futuro, mas decidi escrever aqui porque isto não merece ficar no silêncio, as pessoas merecem saber que isto do amor afinal não é como as posições do Kamasutra e fica aqui para que no futuro eu tenha a prova e possa partilhar convosco... existe magia ou só ilusionismo? Para acabar em grande, aqui fica o meu novo slogan:


Magia...porque eu mereço! :)

quinta-feira, 17 de maio de 2007

A procura incessante de não sei o quê



Estou bloqueado! Nestes últimos tempos algo se passa comigo que não consigo pensar! Achei que seria do trabalho, cada vez tenho menos alegria em dar aulas nestes cursos (porque será?!) mas agora que estive 3 dias sem dar aulas não senti nenhuma melhoria! Nem o ginásio me tem ajudado, nem o futsal ao sábado...ainda ando a ver se começo a fazer piscina, pode ser que completamente mergulhado em desporto a minha mente volte a expandir, que o corpo afaste o que me prende a mente! A verdade é que nada tem funcionado e não percebo o que se passa comigo, o porquê desta exaustão mental! Precisava de pegar na namorada e nos amigos e fugir para um paraíso natural qualquer, daqueles que nos convencem que afinal devemos estar felizes por poder abraçar o mundo que nos rodeia. Eu costumo sobreviver através duma ginástica mental que me convence que tudo está maravilhoso, isso ajudou-me em momentos que realmente seriam muito difíceis não fosse esta capacidade que tanto trabalhei em mim; agora que não está nada realmente a correr mal, que não tenho qualquer razão aparente para este cansaço, aqui estou a sofrer de prisão de mente! Que hei eu de fazer? Bem, nada como o tempo para curar estas coisas, pelo menos é o que dizem! Até lá, peço desculpa aos meus leitores mas sem conseguir libertar um mísero pensamento torna-se difícil de escrever aqui no blog...

Abraço do Olimpo

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Palavras perdidas à procura dum sentido


Cedi... após vários pedidos aqui vai mais um bocadinho do meu futuro best seller. Saboreiem mais um pouco:


Estou eu em pleno verão, mantenho a sensação de que o mundo é o jogo das cadeiras que jogava enquanto criança. O jogo tem como fim que um grupo de pessoas se consiga sentar em cadeiras, o problema é que o número de cadeiras é inferior ao número de pessoas. Então toca uma música, quando a música termina todas as pessoas tentam-se sentar, uma fica sempre de fora. No mundo eu só estou bem quando ele me dá música, sempre que a música acaba sou eu que fico sem cadeira! Assim vai a minha vida, sem cadeira e sem queijo.

No verão venho sempre para uma praia, a praia de Mindelo. É sempre bom vir para Mindelo porque revejo colegas meus que só encontro aqui. Já tenho colegas há alguns anos, venho para esta praia desde os meus 4 anos, embora apenas recentemente a minha família tenha comprado um apartamento cá. Este ano, no entanto, o meu entusiasmo esmoreceu... os meus colegas parece que não crescem, apenas eu me desenvolvo e se não fossem as visitas dos meus amigos de Santo Tirso seria desolador! Por vezes apetecia-me pegar nos meus amigos e partir para um sítio de sonho, longe do laboratório que é este mundo, e viver abraçado a eles. Cansar-me-ia deles, talvez... penso que não; talvez me cansasse de os ter apenas a eles! Há sempre aquele vazio, aquele quisto colado ao corpo que por muito que se remova volta a crescer outra vez... e outra vez... e de novo como uma doença incurável. Todo o mundo com quistos, todos a tentar escondê-los atrás de sorrisos que só aparentam enganar quem se esconde atrás de sorrisos semelhantes, todos a tentar dizer alto que são felizes quando a alma em gritos estridentes revela o contrário... e a vida se conforma com quistos, sem cadeira onde sentar e sem queijos...
Um dia estava eu na praia. O Toni veio-me visitar, mais ninguém o pôde acompanhar. Estava eu com ele a jogar futebol, a bola batia no meu pé mas eu é que era projectado para as minhas angústias, para os meus pensamentos arrastados sem rumo, até que recebo uma mensagem no telemóvel, era a Catarina. A mensagem dizia que ela estava em Mindelo e que vinha ter connosco, dizia muito mais que só depois consegui ler... Aparece ela no horizonte mas vinha acompanhada dele, quanto mais se aproximava mais se aproximava o Horizonte, o meu olhar não conseguia atingir mais que aquele Horizonte, o meu olhar dizia ao meu corpo que finalmente iria tocar esse misterioso Horizonte que sempre observei de longe. A Catarina chega ao pé de nós e diz:
- Olá!
- Olá!- disse eu abraçando-a.- Estás por aqui?
- Não, estou por ali! Claro!- sorriu- Esta é a Júlia.
Não compreendi o seu nome, para mim ela era o Horizonte, não tinha esse outro nome que tentava esconder o que ela trazia até mim.
A partir daí as palavras não foram mais que ruído, os meus olhos não conseguiam ouvir nada, os meus sentidos estavam apenas despertos para aquele Horizonte, aquele Horizonte que se escondia atrás do nome Júlia. Palavras sem sentido fui proferindo, apenas para tentar captar a sua atenção, apenas para conseguir tocar-lhe nem que somente com palavras. Quando os meus sentidos acalmaram pude-me aperceber que já conhecia a Júlia. Já a tinha visto pois ela costuma ir para ali de férias todos os anos. Há quatro anos atrás tinha-a conhecido, depois penso não mais a ter visto. A sua idade no entanto tinha escondido o que ela se revelar-se-ia ser, era cinco anos mais nova do que eu, ela tinha apenas 14 anos nesse nosso primeiro encontro. Agora tinha a idade do sonho, a juventude da paixão e a forma do horizonte. Assim se passou esse dia, nessa noite no entanto saí com ela e com a Catarina. A noite revelava os seus olhos escuros, neles me desorientava ou talvez encontrasse o meu caminho. Vestia uma saia azul comprida, saia que ficou marca dessa primeira noite, desse primeiro tão desejado fôlego. O seu cabelo escuro ondulava sobre a sua face morena. Essa face respirava em mim uma beleza inesperada, uma beleza tão esperada... Bebia cada palavra acalmando uma vida sedenta e saboreava cada som como se do mais belo poema se tratasse, um poema que me prendia apenas pelo seu som, o conteúdo ainda estava eu longe de descortinar. Levei-as a casa a pé, não consegui arranjar carro. Cada passo que dava parecia realmente avançar... estaria eu sentado com a música parada? Estaria ali um queijo? Seria o queijo final? Vim-me embora, sabia que algo tinha começado e sentia que o devia agarrar.


Pronto, aqui ficou mais um bocadinho, espero que gostem!

Abraço da colina mítica dos Deuses.

domingo, 29 de abril de 2007

Um véu de tristeza sobre o que é belo...


Ontem estive a passear no Porto, fui até um bar na "Praia dos Ingleses" e quando me vinha embora pela zona ribeirinha vi encantos esquecidos, viagens que tão belas se fariam à luz da lua mas que nunca ousei fazer. O que impede estas viagens para mundos imaginários alimentados pelo barulho das ondas e o cheiro a história? O facto de hoje em dia já não se poder passear à vontade!À porta duma carrinha vi umas crianças com aspecto duvidoso a falar com adultos cujo aspecto já não deixava quaisquer dúvidas, bandos dos denominados "gunas" a gritar com aquela ânsia de causar problemas, de libertar as frustrações em todas as pessoas menos naquelas que as causam, enfim, um ambiente que faz com que quem queira passear esteja mais preocupado a pensar se vai ser roubado ou se vai levar um tiro do que a perder-se em pensamentos mágicos nascidos das emoções típicas destes passeios descansados ao luar.

Eu que gosto desta porta para o mundo que é a natureza, custa-me pensar no que perco por este medo, custa-me pensar que para apreciar algo como o que tenho aqui ao meu lado preciso de ir para outro país onde, aí sim, se preocupam em oferecer estes pedacinhos de sorrisos às pessoas que tanto precisam de sorrir! Seria suposto esta situação melhorar com o tempo...mas verifica-se o contrário! Quanto maior é o que alguns chamam de evolução pior se torna este tão triste fenómeno! É mau, deixa-me triste não poder voar com asas de sonho no meu país, deixa-me incompleto.

Fica aqui esta lágrima convosco,caída do topo do Olimpo onde infelizmente Zeus não pode fazer nada!