As maravilhas do Mundo e da Vida descortinam-se através de palavras que se multiplicam à procura de fazer sentido...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

A procura incessante de não sei o quê



Estou bloqueado! Nestes últimos tempos algo se passa comigo que não consigo pensar! Achei que seria do trabalho, cada vez tenho menos alegria em dar aulas nestes cursos (porque será?!) mas agora que estive 3 dias sem dar aulas não senti nenhuma melhoria! Nem o ginásio me tem ajudado, nem o futsal ao sábado...ainda ando a ver se começo a fazer piscina, pode ser que completamente mergulhado em desporto a minha mente volte a expandir, que o corpo afaste o que me prende a mente! A verdade é que nada tem funcionado e não percebo o que se passa comigo, o porquê desta exaustão mental! Precisava de pegar na namorada e nos amigos e fugir para um paraíso natural qualquer, daqueles que nos convencem que afinal devemos estar felizes por poder abraçar o mundo que nos rodeia. Eu costumo sobreviver através duma ginástica mental que me convence que tudo está maravilhoso, isso ajudou-me em momentos que realmente seriam muito difíceis não fosse esta capacidade que tanto trabalhei em mim; agora que não está nada realmente a correr mal, que não tenho qualquer razão aparente para este cansaço, aqui estou a sofrer de prisão de mente! Que hei eu de fazer? Bem, nada como o tempo para curar estas coisas, pelo menos é o que dizem! Até lá, peço desculpa aos meus leitores mas sem conseguir libertar um mísero pensamento torna-se difícil de escrever aqui no blog...

Abraço do Olimpo

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Palavras perdidas à procura dum sentido


Cedi... após vários pedidos aqui vai mais um bocadinho do meu futuro best seller. Saboreiem mais um pouco:


Estou eu em pleno verão, mantenho a sensação de que o mundo é o jogo das cadeiras que jogava enquanto criança. O jogo tem como fim que um grupo de pessoas se consiga sentar em cadeiras, o problema é que o número de cadeiras é inferior ao número de pessoas. Então toca uma música, quando a música termina todas as pessoas tentam-se sentar, uma fica sempre de fora. No mundo eu só estou bem quando ele me dá música, sempre que a música acaba sou eu que fico sem cadeira! Assim vai a minha vida, sem cadeira e sem queijo.

No verão venho sempre para uma praia, a praia de Mindelo. É sempre bom vir para Mindelo porque revejo colegas meus que só encontro aqui. Já tenho colegas há alguns anos, venho para esta praia desde os meus 4 anos, embora apenas recentemente a minha família tenha comprado um apartamento cá. Este ano, no entanto, o meu entusiasmo esmoreceu... os meus colegas parece que não crescem, apenas eu me desenvolvo e se não fossem as visitas dos meus amigos de Santo Tirso seria desolador! Por vezes apetecia-me pegar nos meus amigos e partir para um sítio de sonho, longe do laboratório que é este mundo, e viver abraçado a eles. Cansar-me-ia deles, talvez... penso que não; talvez me cansasse de os ter apenas a eles! Há sempre aquele vazio, aquele quisto colado ao corpo que por muito que se remova volta a crescer outra vez... e outra vez... e de novo como uma doença incurável. Todo o mundo com quistos, todos a tentar escondê-los atrás de sorrisos que só aparentam enganar quem se esconde atrás de sorrisos semelhantes, todos a tentar dizer alto que são felizes quando a alma em gritos estridentes revela o contrário... e a vida se conforma com quistos, sem cadeira onde sentar e sem queijos...
Um dia estava eu na praia. O Toni veio-me visitar, mais ninguém o pôde acompanhar. Estava eu com ele a jogar futebol, a bola batia no meu pé mas eu é que era projectado para as minhas angústias, para os meus pensamentos arrastados sem rumo, até que recebo uma mensagem no telemóvel, era a Catarina. A mensagem dizia que ela estava em Mindelo e que vinha ter connosco, dizia muito mais que só depois consegui ler... Aparece ela no horizonte mas vinha acompanhada dele, quanto mais se aproximava mais se aproximava o Horizonte, o meu olhar não conseguia atingir mais que aquele Horizonte, o meu olhar dizia ao meu corpo que finalmente iria tocar esse misterioso Horizonte que sempre observei de longe. A Catarina chega ao pé de nós e diz:
- Olá!
- Olá!- disse eu abraçando-a.- Estás por aqui?
- Não, estou por ali! Claro!- sorriu- Esta é a Júlia.
Não compreendi o seu nome, para mim ela era o Horizonte, não tinha esse outro nome que tentava esconder o que ela trazia até mim.
A partir daí as palavras não foram mais que ruído, os meus olhos não conseguiam ouvir nada, os meus sentidos estavam apenas despertos para aquele Horizonte, aquele Horizonte que se escondia atrás do nome Júlia. Palavras sem sentido fui proferindo, apenas para tentar captar a sua atenção, apenas para conseguir tocar-lhe nem que somente com palavras. Quando os meus sentidos acalmaram pude-me aperceber que já conhecia a Júlia. Já a tinha visto pois ela costuma ir para ali de férias todos os anos. Há quatro anos atrás tinha-a conhecido, depois penso não mais a ter visto. A sua idade no entanto tinha escondido o que ela se revelar-se-ia ser, era cinco anos mais nova do que eu, ela tinha apenas 14 anos nesse nosso primeiro encontro. Agora tinha a idade do sonho, a juventude da paixão e a forma do horizonte. Assim se passou esse dia, nessa noite no entanto saí com ela e com a Catarina. A noite revelava os seus olhos escuros, neles me desorientava ou talvez encontrasse o meu caminho. Vestia uma saia azul comprida, saia que ficou marca dessa primeira noite, desse primeiro tão desejado fôlego. O seu cabelo escuro ondulava sobre a sua face morena. Essa face respirava em mim uma beleza inesperada, uma beleza tão esperada... Bebia cada palavra acalmando uma vida sedenta e saboreava cada som como se do mais belo poema se tratasse, um poema que me prendia apenas pelo seu som, o conteúdo ainda estava eu longe de descortinar. Levei-as a casa a pé, não consegui arranjar carro. Cada passo que dava parecia realmente avançar... estaria eu sentado com a música parada? Estaria ali um queijo? Seria o queijo final? Vim-me embora, sabia que algo tinha começado e sentia que o devia agarrar.


Pronto, aqui ficou mais um bocadinho, espero que gostem!

Abraço da colina mítica dos Deuses.

domingo, 29 de abril de 2007

Um véu de tristeza sobre o que é belo...


Ontem estive a passear no Porto, fui até um bar na "Praia dos Ingleses" e quando me vinha embora pela zona ribeirinha vi encantos esquecidos, viagens que tão belas se fariam à luz da lua mas que nunca ousei fazer. O que impede estas viagens para mundos imaginários alimentados pelo barulho das ondas e o cheiro a história? O facto de hoje em dia já não se poder passear à vontade!À porta duma carrinha vi umas crianças com aspecto duvidoso a falar com adultos cujo aspecto já não deixava quaisquer dúvidas, bandos dos denominados "gunas" a gritar com aquela ânsia de causar problemas, de libertar as frustrações em todas as pessoas menos naquelas que as causam, enfim, um ambiente que faz com que quem queira passear esteja mais preocupado a pensar se vai ser roubado ou se vai levar um tiro do que a perder-se em pensamentos mágicos nascidos das emoções típicas destes passeios descansados ao luar.

Eu que gosto desta porta para o mundo que é a natureza, custa-me pensar no que perco por este medo, custa-me pensar que para apreciar algo como o que tenho aqui ao meu lado preciso de ir para outro país onde, aí sim, se preocupam em oferecer estes pedacinhos de sorrisos às pessoas que tanto precisam de sorrir! Seria suposto esta situação melhorar com o tempo...mas verifica-se o contrário! Quanto maior é o que alguns chamam de evolução pior se torna este tão triste fenómeno! É mau, deixa-me triste não poder voar com asas de sonho no meu país, deixa-me incompleto.

Fica aqui esta lágrima convosco,caída do topo do Olimpo onde infelizmente Zeus não pode fazer nada!

terça-feira, 17 de abril de 2007

É tão fácil criticar professores...




Confesso que me assustei quando começaram a falar em avaliações de professores por parte dos pais, a verdade é que, salvo raras excepções, os pais não sabem sequer o que é criticar um professor, pensam que é dizer se ele é simpático ou bonito; mas o pior é que mesmo a minoria de pais que realmente tem capacidade para criticar devidamente os professores não vão às aulas, logo o que vão eles criticar? Assim sendo não são os pais que criticam... são os alunos que chegam a casa e fazem os seus juízos sobre os professores aos pais, juízos estes que têm como principais premissas coisas tão importantes como se o professor sorriu ou não para ele naquele dia, se leccionou matéria que o aluno gosta, se prestou mais atenção ao colega que o aluno tanto detesta, enfim, este tipo de coisas. É refrescante saber que serão esses juízos tão bem fundamentados que vão decidir o futuro dos professores.


Este post tem como "musa inspiradora" algo que me aconteceu ontem. Estava eu a dar a minha aula descansado quando no intervalo olho para o telemóvel e vejo uma chamada do coordenador de curso. Telefono e qual é a minha surpresa quando o teor da conversa é uma carta dos pais de um formando a criticarem o meu trabalho, diziam que eu deixava os alunos chegar tarde e não marcava falta, diziam que não preparava as minhas aulas e que não controlava a turma. Evidentemente as críticas são do formando, parece até que os pais nem queriam enviar a carta. Para aumentar a palhaçada a carta foi enviada directamente ao director do Centro de Formação e nem sequer estava assinada, não falaram comigo, não falaram com os coordenadores, foram directamente ao "patrão". Claro que o remetente da carta não imagina que isto pode fazer com que o formador não tenha mais nenhum curso ou até que seja afastado dos cursos que tem.


Continuando, aqui estou eu perante uma carta a dizer mal do meu trabalho, algo que evidentemente vai ser arquivado para mais tarde ser visto. Eu sou a favor de criticarem o nosso trabalho, acho que faz com que reflictamos sobre as nossas práticas, mas isto já se parece mais com calúnia! Quanto às acusações, confesso que a primeira tem fundamento, não marco falta pois os pais é que sofrem com isto, as aulas são pagas à hora e os pais não recebem o dinheiro porque os alunos chegaram mais tarde, mas realmente quem sou eu para mudar mudar as regras? Ninguém, reconheço. Agora vem a acusação que me deixou perplexo; a de que não preparo aulas! Aí é que está o perigo de serem alunos a julgar professores. Eu lecciono inglês, a minha metodologia de ensino passa não só, mas também por dar músicas para traduzirem, fazer karaokes, fazer jogos, esse tipo de coisas que qualquer pessoa ligada ao ensino do inglês sabe serem minas de ouro para o ensino da língua. Evidentemente que para o aluno isto parece-lhe um modo de não me chatear muito, dou umas músicas, uns jogos só para os manter entretidos; mal ele sabe que são exactamente estas coisas que dão mais trabalho a planificar! Um aluno habituado ao ensino tradicional, com pais habituados ao ensino tradicional, chega a casa e diz que o professor em vez de passar horas a ensinar gramática e a fazer exercícios põe os alunos a cantar e a fazer jogos, claro que pensam logo que o professor não prepara aulas! Uma acusação gravíssima que tem como base a simples...ignorância! E finalmente a crítica do mau comportamento dos alunos... claro que à primeira vista ao ver alunos a gritar e a bater palmas na sala de aula pensa-se logo que são mal comportados, bom comportamento para as pessoas é estarem calados a aula inteira. Isso passa de pais para alunos; então mais uma vez o aluno chega a casa e diz que na aula os alunos gritam e saltam e batem palmas, os pais pensam logo que é a balbúrdia total. Nunca lhes ocorre que quando se fazem jogos que envolvem competição é impossível os alunos não gritarem os nomes uns dos outros e ficarem excitados, nunca lhes ocorre que quando se faz um karaoke os alunos gritam, riem-se, batem palmas e criticam os outros enquanto cantam, enfim, nunca lhes ocorre que isso não é mau comportamento, é o comportamento normal nessas situações!


Assim se destroem bons professores e boas práticas e se perpetuam aquelas aulas do método tradicional que deixam todos contentes menos os alunos!


Por isso nos perguntamos enquanto estudamos para ser professores porque razão no "campo" se esquecem todas as coisas que se aprendem durante o curso... é a sobrevivência! Neste mundo dos professores, sobrevivem os mais fracos. Eis a razão pela qual o ensino está como está, foram precisos dois anos a leccionar para o perceber. Pode ser que daqui a uns anos esteja eu a levar alunos às lágrimas com horas de aulas "seca" em que se decora tudo, aí vou reler isto e vou-me lembrar: "Como era inocente no início de carreira, quando ainda acreditava que podia ser eu a fazer a diferença!"

sábado, 14 de abril de 2007

As manhãs, as tardes e as noites


Estes três momentos do dia causam-me sentimentos tão distintos que decidi partilhá-los convosco. Aqui vai:

Sobre as manhãs não há muito dizer... DORMIR, DORMIR, DORMIR! Mesmo que não seja para dormir, pelo menos ficar na cama até ao meio dia. Há quem diga que é perder tempo, mas qual de vocês considera perder tempo fazer algo que gostam? Ouvir música, comer a comida preferida, ver aquele programa que nos faz colar do princípio ao fim... pois para mim dormir é a mesma coisa! É um prazer, não apenas uma necessidade. Por isso podem dizer que estou a perder todo o tempo do mundo que eu vou responder sempre: Agora cala-te um bocadinho e deixa-me dormir! Depois podem continuar a olhar para mim que vão verificar o nascer de um sorriso enorme quando me agarro à almofada e me embrulho nos lençóis. E se por acaso por algum disígnio misterioso eu me levanto, TUDO menos televisão! Se ligo a televisão apetece-me pegar numa arma e acabar com a minha infelicidade! Não há nada pior do que a televisão de manhã... e olhem que eu até sou um bocado colado nessa caixinha!

As tardes... essas são para a produção! Não há prazer nenhum, é aquele tempo que acho tão chato que até aproveito para trabalhar, pois trabalhar é o melhor modo de passar esta fase do dia sem pensar muito nisso! Não gosto das tardes, não sinto vontade de sair, sinto vontade de empurrar o sol até aparecer a lua! Pronto, confesso, sou anti-tardes!

Quanto à noite... é essa mágica aparição da lua que me faz aguentar o dia sem desatar aos gritos! Tudo se transforma à noite... as pessoas parece que deslizam em vez de se atropelarem nas ruas, reina uma paz indisicritível! O verdadeiro romântico da escuridão converge com o romântico que atribuímos ao sentimento de dar apenas a pensar no outro, enfim, é magia! Se pudesse saía sempre apenas à noite; escreveria então um livro para alertar aqueles que tanto passam as manhã e tarde preocupados em fazer tudo (menos viver) e deixam a noite apenas para o dormir, assim partilharia a magia que sei existir e que outros menos atentos deixam escapar. Mas não confundam esta dependência do luar com as idas a cafés, bares e discotecas! Longe disso!As noites para mim são para bronzear-me na luz da lua e deixar que ela guie os meus movimentos. Sair com a namorada e/ou os amigos para conversar, deixar que o escuro nos ligue e nos faça tornar confidentes uns dos outros. Sinto-me maior à noite, sinto-me mais próximo de mim. Num aspecto menos flutuante da noite, também gosto de ver as grandes séries que só são transmitidas a horas que ninguém aguenta ver, gosto de ver os grandes filmes na televisão e no cinema e, confesso, aquelas repetitivas comédias românticas que nos deixam a sorrir e mais agarrados ainda à namorada.

Um abraço nesta tarde no Olimpo.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Uma fotografia....

Vim agora duma viagem tristemente curta até Valência. Está lá a estudar o meu "melhor" amigo, por "melhor" quero dizer o primeiro ao qual recorro, aquele que não posso deixar sem saber o mínimo pormenor da minha vida, aquele que realmente faz diferença quando estou triste e que realmente sorri quando estou contente, entre várias outras coisas. Este esclarecimento advém do facto de não gostar desta expressão, "melhor amigo", acho-a redutora, mas serve para rotular mais facilmente. Continuando, ele está lá em Erasmus e como as saudades apertam não pude deixar de ir visitá-lo nas minhas (não) férias (só tive os feriados livres, está longe de ser considerado "férias"). Mas não estou aqui para falar da viagem, estou aqui para falar dum pormenor: não levei máquina fotográfica! Nem eu nem o amigo que foi comigo levamos a máquina, foi aí que despertei para a importância de algo sobre o qual nunca antes me tinha debruçado, a fotografia!
A fotografia não é apenas uma "prova" de como fomos a algum lado ou fizemos seja o que for, nem é apenas um modo de mostrar a toda a gente que vimos os monumentos todos dos quais já nem sequer lembramos o nome; é uma janela para algo que de outra forma o tempo irá esconder.
Neste momento lembro-me bem do abraço que dei quando cheguei lá, das conversas e sorrisos que tive às deliciosas refeições, das espécies de rituais satânicos que observei quando saí à noite, das brincadeiras que fizemos enquanto a jogar futebol na praia... mas sem fotos disso vou perder a oportunidade de daqui a uns anos reencontrar essas imagens sem querer e ficar com aquele sorriso que não se consegue conter nesses momentos. Vou de seguida perder a oportunidade de telefonar aos meus amigos que estavam lá comigo (e que talvez apenas esteja com eles esporadicamente no futuro) e dizer que reencontrei aquelas fotos, que temos que nos juntar e rir um bocado com as lembranças, vou perder a oportunidade de esquecer que estava chateado a arrumar as minhas coisas e reter apenas que reencontrei um pedaço de sorriso escondido no meu passado.
É por isso que a minha próxima compra vai ser uma máquina fotográfica, é por isso que vai-se tornar minha companheira em tudo o que eu faça e, finalmente, é por isso que deixo aqui esta "apresentação" da minha vida em fotografias, para que eu e os meus amigos mais tarde as encontremos e aconteça aquilo que descrevi anteriormente.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Mulheres e homens: igualdade de direitos ou imitação?


Aqui está um problema que considero estar a afectar a nossa sociedade: A "igualdade de direitos entre homens e mulheres". Não quero com isto dizer que não o defenda; pelo contrário, acho-o necessário e estúpido que assim não seja. O problema está no modo como se está a tentar chegar a esse patamar de igualdade! Primeiro, ainda está longe o dia em que realmente as mulheres e os homens serão realmente tratados do mesmo modo, embora se veja uma pequena diferença nas mentalidades retrógradas que tanto dominaram a nossa cultura. Mas não é neste ponto que me quero centrar, talvez noutro dia. Quero falar do novo fenómeno: "imitação"! É que acho que se está a confundir a "igualdade de direitos" com a "igualdade" total! Se já era mau ver homens sempre a gritar palavrões, a cuspir para o chão e com atitudes tipicamente machistas, ainda pior é ver o mesmo... em mulheres! É que a coisa que torna as mulheres especiais é mesmo a sua feminilidade! É o não cuspirem na sopa porque não gostam dela, é o não gritarem no meio da rua: "Que gajo bom, comia-te todinho!" mas sim aquela troca de olhares tímidos que tanta magia trazem, é o agirem como se fossem nossas "mães" que nós por muito que nos queixemos, vamos confessar, até gostamos; é o romantismo exacerbado, é as complicações que só elas sabem inventar, enfim, é o que sempre as definiu! Sempre encontrei descanso nas minhas amigAs, é que com os homens temos que estar o tempo todo a dizer que somos fixes, que fizemos isto, aquilo, que vamos subir os Himalaias sem comida, água e de boxers num dia; esse tipo de coisas. Com as mulheres podíamos realmente falar... daquelas coisas que envolvem o pensamento, sentimentos, mostrar aquela parte "sensível" que todos os homens têm. Hoje em dia as mulheres agem como homens; são predadoras na noite, querem mostrar que podem fazer tudo o que os homens fazem! Será que não se lembram que tantas mulheres lutaram para que os homens mudassem? Eram lágrimas, ranho e suor! Agora, talvez porque desistiram de lutar contra o "macho latino" típico, tornaram-se igualmente superficiais, desinteressantes! Ainda hoje me dói quando ouço uma mulher dizer 5 palavrões em 6 palavras, ou quando em vez de cumprimentarem com um beijo mandam aquelas palmadas nas costas mesmo para doer, típicas da demonstração animal da força do homem! E as conversas...ainda me lembro...

Antonieta- Viste o Esdrúbal, ele é tão simpático! Dá mesmo para conversar com ele! Faz-me sentir tão bem!

Vanessa- E o Marculino? Hoje deu-me a mão...até voei! Passamos horas a conversar de mão dada a ver as estrelas, foi mágico!

Hoje em dia:

Antonieta- Viste o homem? É uma **** duma bomba! Cada vez me apetece mais ******* todo! Mas o Marculino, *****!O que dizem sobre o tamanho da **** dele é verdade!

Vanessa- **** ** *****! Nem fales nessa *****! ***** ontem e o homem é um cavalo! Passamos a noite toda a pinchar , os ***** dos vizinhos até devem ter ficado surdos!

Antomieta- Vai-te *****, não!

Vanessa- ******! Que me caia uma mama!

É este o romantismo que se encontra hoje em dia! Acho que as minhas próximas gerações (homens) vão estar com lágrimas e ranho a suplicar que elas lhes liguem, que não passem o tempo todo a falar de futebol, que deixem as bebedeiras todos os fins-de-semana, que larguem a playstation um bocadinho, que podiam trazer uma flor ou dizer qualquer coisa bonita de vez em quando... aquilo que me faria partir a rir na minha infância de tão irreal que parecia!
Graças a Zeus ainda tenho as minhas amigas de infância que se mantiveram "mulheres" e a minha namorada, um achado hoje em dia! Mas mesmo assim não consigo fechar aos olhos ao que se está a passar!
Por favor mulheres, sejam... MULHERES! Para porcos, estúpidos e superficiais ainda existem muitos homens a cumprir muito bem esse papel!
Igualdade de direitos, sim! Imitação, NÃO!!!!!!
Abraço do Olimpo.